Materiais disponíveis
A lei Magna da Educação LDB.pdf (226,3 kB)
LDB 9394 96 com as alterações Lei nº 13.415, de 2017 .docx (78,2 kB)
livro paradigmas escolares.pdf (835,4 kB)
Parecer diretriz curso de pedagogia CNECP nº 3, de 17 de abril de 2007.pdf (107,5 kB)
Livros Disciplinas: Fundamentação da Matemática
Apostila Fundamentos da matemática.pdf (555,9 kB)
Livro educao matemtica da teoria pratica.pdf (15,8 MB)
livros de matematica adoro problemas.pdf (2,2 MB)
livros de matematica aprender mais.pdf (10,2 MB)
Didatica da matemática.pdf
LINKs: ENSINO DE MATEMÁTICA
www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/43/rdt01_43.pdf
www.fe.unicamp.br/revista/index.php/zetetike/article/view/4324/5108
revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/17754/pdf
revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/7554/6831
publicacoes.unigranrio.br/index.php/pecm/article/viewFile/2235/1056
www.scielo.br/pdf/bolema/v26n44/07.pdf
O PAPEL DO PROFESSOR...
Será que o melhor professor é aquele que explica “tudo certinho”, sem dar tempo ou chance ao seu aluno de fazer perguntas, de ter dúvidas?
Nós há uns vinte anos, provavelmente, pensávamos dessa forma. Hoje, diante da complexidade e da velocidade das mudanças que se processam no mundo, nas comunicações, nas relações de trabalho, nas relações sociais e no conhecimento, acreditamos que, reconhecendo a importância da ação do professor, o papel atribuído a este deve ser muito mais o de mediador do processo de ampliação da ação dos diferentes sujeitos sociais, contribuindo para torná-los protagonistas das suas próprias histórias. Protagonismo este que deverá ser desenvolvido através de atividades significativas.
Diante da liberdade de pensar e de agir, surge a necessidade do diálogo, do respeito ao tempo de cada um, sem que isto signifique deixar o fraco como fraco, porque é o seu tempo, mas partir do outro como uma pessoa que é um mundo de possibilidades e não um universo de limitações. Exige do educador ir além do seu conteúdo específico, situando este em um contexto mais amplo de questões identificadas com o aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e
aprender a conhecer.
Não há receitas e não há fórmulas mágicas. Se isso existisse, tornaria homogêneo o que é diferente, porque é fruto da relação dos homens entre si. Mas aí é que se instala o medo. E este se apresenta mais forte quando se fala em avaliação.
Se admitirmos que avaliação é um processo contínuo, ela se constrói com a participação dos diferentes sujeitos sociais: educadores e educandos. Se é processo, extrapola a marcação do X, do certo, da quantificação de acertos, da utilização de "tabelinhas de conversão de números para letras ou qualquer outro
código". Portanto, sob essa ótica de avaliação, temos que considerar questões fundamentais: "Como avaliar?, “como devem ser as provas”, “os testes”, “os
exercícios”, “os trabalhos, “as pesquisas”.
É óbvio que isto torna o nosso papel muito complexo, nos remetendo novamente à condição de seres em processo contínuo de construção de seus saberes, nos lembrando que devemos estabelecer um diálogo contínuo com o conhecimento e com os sujeitos: educador– pesquisador.
Essa nova postura (que aliás não é tão nova assim) de propor, organizar e coordenar o desenvolvimento das atividades dos alunos substitui, com grande
vantagem, a de “explicar a matéria”, escolhendo as famosas listas de exercícios e realizando a avaliação através da de um instrumento formal - a prova.
Consultando-se o "Aurélio", verificamos que prova seria 'aquilo que atesta a veracidade ou a autenticidade de alguma coisa". Que coisa seria essa? No senso
comum de nossas escolas, a prova atestaria muitas vezes a veracidade da limitação dos alunos, do seu fracasso, do pouco esforço, da falta de interesse - o foco sempre nos alunos. Será que não poderíamos ampliar esta discussão e inserir nela os sujeitos da prova, que a nosso ver não são somente os alunos que "em princípio estariam ali para aprender", mas também nos perguntarmos "por aquele que ensina"?
A questão é séria porque quando a iniciamos, em geral, ficam uns em posição de ataque e outros em posição de defesa. Ora, não existem réus, o culpado não é o professor, muito menos o aluno. São novos olhares para o conhecimento, para os saberes, para quem ensina e quem aprende. São interrogações sobre os sentidos atribuídos à educação no mundo de hoje.
Não se pode admitir mais a exclusão do direito à educação de todos os homens, porque negar este direito é negar outros direitos sociais intimamente relacionados com o capital cultural, com o capital de informações, com o exercício da cidadania.
Para que serve a escola? Para que serve a educação ministrada em um espaço institucionalizado? Ou só consideramos os saberes que se adquirem nos bancos escolares?
Nós não podemos desperdiçar a chance de, ao elaborar as situações de aprendizagem, promover a reflexão dos alunos sobre as experiências e sobre os
conhecimentos que forem sendo construídos.
Diante dessa perspectiva, o professor como “facilitador” (não no sentido de entregar pronto, fácil), deverá buscar as melhores condições para que a aprendizagem
ocorra, já que são os alunos que devem aprender.
Quantas vezes já dissemos a famosa frase: “eu ensinei tudo, dei todo o programa”.
Como podemos dizer isso, se na maioria das vezes os alunos não aprenderam, ou aprenderam a responder apenas o que desejávamos que respondessem numa prova ou teste, sem conseguir verificar a importância, o significado ou mesmo sem
conseguir fazer a transferência do que foi “ensinado”?
Queremos ainda destacar que a função do professor sempre foi e continuará sendo insubstituível, mesmo com tecnologias, métodos, apostilas e programas
“supostamente” adequados, só que tudo isso depende essencialmente da postura do professor, sem esquecer que tal trabalho docente depende também da forma de gestão e de coordenação da Escola, bem como do uso adequado de todos os fóruns de discussão – como os conselhos de classe – na busca de algo ainda não bem definido e para o qual não existem “receitas mágicas”.
De qualquer forma, podemos apresentar algumas sugestões que possam orientar a postura profissional de um Educador Matemático, diante das perspectivas mostradas anteriormente:
• Comunique-se com eficiência, procurando ouvir os alunos: Dizer algo que é considerado uma verdade absoluta e que foi fácil para você entender, não significa
que seus estudantes entenderão da mesma forma. Você precisa tentar observar a ótica deles e avaliar para mudar e não só para atribuir uma nota ao estudante.
• Ajude seus estudantes a “aprenderem a aprender”: Rejeite a tentação de entregar tudo pronto, “mastigado” e a esperar que seus alunos devolvam as
respostas “esperadas” por você. Conforme dissemos anteriormente, seja um mediador que incentive e provoque seus alunos para novas e interessantes
descobertas.
• Encoraje a criatividade de seus estudantes: Encoraje seus alunos a tentarem caminhos próprios, a intuírem, a aprenderem com os erros cometidos. Nada é mais desestimulante para os alunos do que ouvirem frases do tipo: “Está tudo errado! Não foi assim que ensinei.” “Só aceito a resposta do jeito que está no livro”.
• Mostre a seus estudantes como se comunicar com eficiência: Através da fala ou da escrita de seus alunos, se devidamente estimulados, você terá o retorno
adequado para os ajustes necessários ao processo de ensino/aprendizagem.
• Estimule o interesse e o prazer de seus estudantes pela matemática: Nada é mais desestimulante do que decorar fórmulas e repetir exaustivamente exercícios
iguais, cansativos e descontextualizados. Sempre que possível faça uma relação da matemática com outras áreas do conhecimento, apresente aplicações do que está ensinando, mostre a construção do conceito ao longo da história, proponha um jogo, um desafio....em resumo...”provoque” constantemente o seu aluno.
• Promova interação entre estudantes: Estimule-os a trabalharem em equipes, a trocarem informações, a ouvirem respeitosamente outras opiniões. Esse trabalho em equipes pode inclusive ser incentivado nos testes e demais formas de avaliação.
• Seja um avaliador justo: Seja um professor que avalia para ajudar seus alunos, não um “terrorista” que usa a prova como uma forma de repressão e controle.
• Entretenha seus estudantes: É mais fácil interagir com alguém que esta de bom humor. Procure desenvolver suas aulas com bom humor, respeitando seus alunos e sendo respeitado por eles. Nada mais desagradável do que alguém passar algumas horas escutando um monólogo de um professor rabugento e autoritário.
• Goste de ensinar: Se você faz o que gosta, deixe que seus alunos percebam isso, deixe que todos sintam que você tem prazer de ensinar e também de aprender com eles.
O perfil de profissional que apresentamos acima está sintonizado com a correntedenominada Educação Matemática.